segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

08/12/29: Zé do pedal chegou a Saint Louis, Senegal


Contacto do Zé no Senegal: +221-778029819

Zé do Pedal já se encontra em Saint Louis, no Senegal, uma cidade que faz fronteira com a Mauritânia, com uma população aproximada de um milhão de habitantes.

Saint Louis está a 300 km de Dakar, a capital. Tem o mesmo horário de Portugal mas, enquanto em Portugal e na Europa chove e neva intensamente, o Zé tem uma temperatura de 37º! Zé tenciona passar o Fim de Ano nesta cidade.


Zé envia Boas Festas a todos os Amigos e desejos de um ANO NOVO TRANQUILO!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

08/11/03: Zé do Pedal ja está "rodando" no Sahara e completa 5.000kms de viagem


Contacto do Zé do Pedal em Marrocos: +212-55783251

"O Sol que aquece a alma é o mesmo que derrete o asfalfo" (Zé do Pedal)

O brasileiro, José Geraldo de Souza Castro, Zé do Pedal, 51, membro do Lions Clube de Viçosa, chegou esta manhã a Boujodour, em pleno deserto do Sahara, depois de "rodar", em quase 6 meses, mais de 500kms de deserto e completar 5000kms de sua viagem por 20 países da Europa e África, percorrendo 17.000kms em um kart a pedal, fabricado na Holanda pela empresa BERG Toys (http://www.bergtoys.com) especialmente preparado para a odisseia, rumo a Johannesburg, África do Sul, onde assistirá à Copa do Mundo de Futebol "África do Sul 2010".


A marca, que supera as 2 das viagens anteriores utilizando transporte similar (2.500kms no Japão, 1985, e 4.300kms no Brasil, 1987, Chui-Brasília) e representa uns 30 por cento do total da viagem, foi alcançada a menos de 30kms da cidade de Boujdour (nome atribuído pelos portugueses e que, em Portugal, tem como significado "o último limite do homem e do seu mundo". Fernando Pessoa em seu poema inesquecível rezou os seguintes versos: "Mar Português... Tudo vale a pena se a alma não é pequena, quem quiser passar além do Bojador, tem que passar além da dor", em uma clara alusão às grandes navegações que valeram aos portugueses a conquista de outras latitudes: "ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal"!) no quilometro 1559 da estrada nacional 1, que liga a cidade de Tanger a Lagouiria (2476 quilómetros), na fronteira com a Mauritania. Na cidade existe uma antiga fortaleza portuguesa. Na última segunda-feira, dia 27, José conseguiu sua melhor performance desde sua saída de Paris, no dia 10 de maio: cobriu os 101 quilómetros entre Tarfaya e Laayoune em 11 horas. O tempo fresco e com o vento de norte para sul ajudou a percorrer esta distância.

Zé do Pedal informou que, "graças ao 'inverno', a temperatura não está muito alta e a maior até agora foi de 41 graus. Às 7 da manhã o Sol aquece a alma e ao meio dia derrete o asfalto. Por sorte estou viajando no 'inverno' e o sol não está muito forte, a temperatura média está por volta dos 40 graus e venta bastante, o que diminui a sensação térmica. Tive muita sorte ao chegar a Laayoune, pois choveu 2 dias seguidos o que refrescou bastante. A alimentação está sendo feita a base de legumes, frutas e uma ou outra lata de sardinha".

"A viagem está transcorrendo normalmente sem nenhuma novidade. Venho mantendo contacto com os amigos portugueses Brito Rocha, Julia Lima, Henrique Veludo e Jorge Albergaria. Também estou em permanente contato com membros das Nações Unidas na região do Sahara e com a Embaixada Brasileira em Rabat através do Vice-Cônsul, Luiz Geraldo Magalhães Moraes quem, junto ao Embaixador Virgílio Moretzsohn de Andrade, contribuíram para conseguir os vistos da Mauritania e Senegal".


Amanhã Zé do Pedal parte rumo a Dakhla, a 350kms, onde pensa tirar umas pequenas férias de uns 15 dias. "Agora estou cruzando o que seria a parte mental mais difícil da viagem: daqui até Dakar, no Senegal, são 1740kms de muito sol e areia, porém estou feliz com a forma como a viagem está a decorrer e pela forma extraordinária de ajuda e de solidariedade que tenho recebido ao longo do percurso, sobretudo nesta zona onde as dunas de areia do Sahara e o mar bravo são a paisagem que me acompanha. Nao são poucas as ofertas de água, pão, fruta, etc., que constantemente são oferecidos pelos motoristas dos caminhões que transportam peixe dos portos de Laayoune e de Dakhla. Após seis meses de viagem, acho que é hora de dar um descanso ao corpo e tentar colocar a coluna, um pouco, no lugar".


Zé do Pedal vem registrando a viagem em seu novo blog http://www.zedopedal.skyrock.com onde, pelo menos uma vez por mês, ou quando encontra facilidades para acessar a Internet, coloca algumas fotos e informações da viagem: "assim, fica mais facil aos meus amigos acompanharem um pouco mais de perto a viagem".

O meio ambiente preocupa

Zé do Pedal lamentou o pouco caso das autoridades com o meio ambiente: "é incrível a quantidade de lixo que venho encontrando ao longo dos quase 2000 quilómetros percorridos aqui no Marrocos, principalmente no deserto. O maior absurdo foi quando passei por Sidi Akhfinir, a parte dos fundos da guarda costeira é um verdadeiro deposito de lixo. Os guardas simplesmente jogam, diuturnamente, o lixo no grande penhasco à beira mar. Grande parte deste lixo fica "dependurado" nas fendas das rochas. O que consegue cair ao mar tem outros destinos: Ilhas Canárias, Europa, Américas, África do Sul e, o que não consegue "carona" nas correntes marítimas que o leve além-mar, fica mesmo na costa marroquina. Durante a limpeza das ruas na cidade de Tanger, que foi inundada durante as fortes chuvas da última semana, foi possível observar os tratores removendo, junto ao lodo, toneladas de lixo dos bueiros".

O objectivo da viagem

O objectivo da viagem é chamar a atenção da comunidade internacional sobre dois dos maiores problemas que afetam a visão das crianças, em todo o mundo, principalmente nos países mais pobres, Catarata e Glaucoma, assim como difundir a grande campanha do Lions Clube Internacional: o programa SigthFirst (Visão Primeiro).


Um pouco sobre o Lions*

A Associação Internacional de Lions Clubes comemora seus 91 anos de fundação, que teve como primeiro presidente o Dr. William P. Woods e secretário Melvin Jones (Idealizador e Fundador), cargo que ocupou até sua morte em 1° de junho de 1961.

Nestes 90 anos, a entidade formada por homens e mulheres imbuídos no Servir desinteressado, que estão aptos a realizar atividades, voltados ao engrandecimento de nossa sociedade e valorizar o ser humano, tem se destacado como a maior Organização Não Governamental do mundo, respeitada e admirada por líderes de todas as nações.

A histórica convenção do Lions ocorrida em Dallas, de 8 a 10 de outubro de 1917, onde trinta e seis delegados, representando 22 clubes de nove estados, aprovaram a designação "Lions Clubes" e o estatuto, regulamentos, objetivos e o Código de ética foram referendados.

Em três anos, a associação tornou-se internacional, com a fundação do primeiro clube no Canadá e no decorrer dos anos, a expansão internacional continuou com a fundação de novos clubes, especialmente na Europa, Ásia, África, América do Sul e Brasil nas décadas de 1950 e 1960.

Com o discurso de Helen Keller na Convenção Internacional em 1925, ela desafiou os Leões a se tornarem "paladinos dos cegos na cruzada contra a escuridão", com o envolvimento dos Lions Clubes no atendimento aos cegos e aos deficientes visuais.

Com o grandioso Programa de Visão, o Lions Clube Internacional tem compromisso com os jovens, o trabalho para melhorar o meio ambiente, construção de casas para os deficientes, conscientização acerca da diabetes, programas auditivos e através da Fundação oferecer auxilio às vitimas de catástrofes em todas as partes do planeta.

Os associados formam uma rede internacional com 1,3 milhão de homens e mulheres, distribuídos em 200 países e regiões, trabalhando desinteresadamente para responder às necessidades enfrentadas pelas comunidades em todo o mundo.

Nestes 91 anos, o Lions reafirma o compromisso de conservação da visão, através do programa internacional SightFirst e do dia mundial da Visão, em parceria global com órgãos das Nações Unidas, organizações oftalmológicas, filantrópicas e profissionais da área de saúde. Com a coleta e reciclagem de óculos que são distribuídos aos países em desenvolvimento, especialmente em maio, que é o mês do programa leonístico de reciclagem em prol da visão.

A Associação Internacional se modernizou, com a inclusão de Jovens(LEOs) e o reconhecimento da Companheira Leão, que muito tem colaborado para o engrandecimento do movimento que abraçamos.

Na ampliação de sua atuação internacional, o Lions Clube colaborou com as Nações Unidas a construir as seções de organizações não governamentais, em 1945, e continua mantendo cadeira cativa e sua posição de caráter consultivo junto a ONU.

No mês em que se comemora a fundação da associação, foi escolhido para a afiliação de novos associados, todos os meses são importantes, mas cabe destacar a preocupação de Lions Internacional com o programa de aumento de sócios. Durante o mês de outubro, no Brasil sera feito uma grande campanha visando o aumento de novos membros com os corações dispostos ao serviço leonístico.

Os Lions Clubes do Brasil sempre se destacaram e são reconhecidos pela Diretoria de Lions Internacional, formadores de grandes Leões, de grandes campanhas e de companheirismo, onde a cordialidade, a amizade é o elo de união entre os associados dos Clubes brasileiros. Atualmente através da CªL Rosane Teresinha J. Vailatti do Lions Clube de Jaraguá do Sul- Centro – Distrito LD-5 , o Brasil é representado na Diretoria Internacional, como a primeira mulher brasileira a ocupar um importante cargo Leonístico, eleita que foi na Convenção Internacional de Lions Clubes, realizado em junho último em Bangkok.

Lions Clube de Viçosa

Enquanto o mundo comemora os 91 anos do Lions Internacional, o Distrito LC12 comemora os 41 do Lions Clube de Viçosa, ao qual pertence o Zé do Pedal.

A comemoração foi no último dia 29, quando o clube realizou sua reunião festiva, no Restaurante Panorama, quando foram empossados 2 novos socios. Zé do Pedal participou da reunião pelo telefone e desejou aos novos membros um profícuo trabalho em prol daqueles que precisam.
Mais informação sobre o Lions e seu trabalho:


*Luiz Mar Sória/Cal Jacira
Lions Clube de Porto Belo Bombinhas
Costa Esmeralda - Distrito LD - 5 - SC

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

08/10/23: Zé do Pedal a caminho de Sidi-Achsennir - Grande Deserto do Sahara


Relato fornecido hoje pelo PCC Brito Rocha, após conversa telefónica com o Zé:

"Depois de passar um dia de descanso na pequena e bonita praia de Tan-Tan o Zé iniciou a sua caminhada pedalando já em pleno Deserto do Saara - muito parecido com o Deserto da Baixa Califórnia no México: muita pedra, muito seco e quase sem vegetação e a que há é rasteira. Temperatura de 38ºC.

Já está a 370Km a Sul de Agadir e a 600Km de Dakhla onde tomará o barco que o PDG Jorge Albergaria arranjou afim de chegar à Capital da Mauritânia - Nonakchott- afim de evitar a passagem por uma área muito perigosa onde há imensos conflitos e raptos.

A sua alimentação neste momento é feita de cebola, tomate e pepino e latas de sardinha. Leva consigo uma bilha com 15 litros de água que aumenta o peso da sua trotinete. Faz café com pedaços de madeira que encontra à beira da estrada fazendo uma fogueira. Faz imenso vento o que lhe dificulta o andamento.


Está a 70Km de Sidi-Achsennir, mas dado o vento não vai conseguir atingir esta localidade, pelo que calcula ficar a 30Km, dormindo à beira da estrada, que é alcatroada e tem algum movimento. É a partir deste localidade que o Zé vai enfrentar as verdadeiras dunas de areia do Deserto até Dakhla.

É este o relato que me forneceu sempre com boa disposição, feliz e satisfeito com a população com que se cruza e param para com ele falar. A sua trotinete e o atrelado têm bem visíveis a Bandeira do Brasil e o Emblema Lions.

Um Xi do Coração envia a todos Companheiros e Amigos do Brasil e Portugal."

terça-feira, 14 de outubro de 2008

08/10/12: Zé do Pedal encontra-se com o Presidente do Lions Clube Internacional


O ambientalista e fotógrafo brasileiro, José Geraldo de Souza Castro, Zé do Pedal, 51, membro do Lions Clube de Viçosa (DLC12) visitou este fim de semana a cidade marroquina de Casablanca onde encontrou o presidente do Lions Clube Internacional, Al Brandel, e sua esposa Maureen Murphy, que estão fazendo a visita oficial aos diversos Distritos do Lions em Africa.

Durante o encontro, Zé do Pedal entregou ao presidente uma copia do seu projeto "Mundos Extremos" e falou da importância, principalmente para os países menos desenvolvidos, do programa "SightFirst" (Visão Primeiro) do Lions Clube Internacional. "O Programa SightFirst é uma grande luz no fim do túnel. É a esperança palpável de milhões de pessoas, a maior parte delas crianças, que sonham um dia poder voltar a ver. E o Programa SightFirst está conseguindo realizar estes sonhos", frisou Zé.

Após o encontro, Zé do Pedal participou, convidado pelo Governador do Distrito 416, Abdelkader Masnauni, e pela ex-governadora Aicha Detsulli, no seminário e lançamento do plano de acção do Distrito marroquino "Por um Leonismo Responsável" realizados na Faculdade de Medicina de Casablanca. Durante o seminário, foi exposto a dificuldade de se criar no país um banco de córneas devido, principalmente, à cultura.

Em sua intervenção, Maureen Murphy falou da experiência que o casal governador teve em sua visita ao Kenia, quando visitaram um Hospital Oftalmológico (construído e equipado com verbas do Programa SightFirst) e perguntaram a uma paciente recem operada de cornéas, mãe de 2 filhos, o que ela sentia ao poder voltar a ver. E ela respondeu : "Conhecer meus filhos e poder ver os seus sorrisos".

Por sua vez, Al Brandel falou do grande compromisso social que o Lions tem. Divulgou números dos investimentos do Programa SightFirst na região e dos esforços que o clube de serviço vem desenvolvendo no combate à Oncocercose (cegueira dos rios) na Africa, onde se espera que seja erradicada dentro dos próximos anos.

Amanhã, Zé do Pedal retoma sua viagem... enfrentando o grande Deserto do Sahara!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

08/09/09: Zé do Pedal chegou a Marrocos



Contato do Zé em Marrocos: + 212-55783251

O livro PEDAIS DA ESPERANÇA, que conta a vida e as viagens do Zé do Pedal, esta sendo editado e será lançado em dezembro. Caso deseje adquirir um exemplar, escreva para: zedopedal@gmail.com. Comprando o livro você estará colaborando para o êxito do meu atual projeto. Obrigado pelo apoio.

Viajando a uma velocidade promedio de 6 quilômetros por hora, percorrendo 50 quilômetros por dia, em um kart a pedal, o brasileiro, José Geraldo de Souza Castro, Zé do Pedal, 51, chegou a Rabat, capital do Marrocos, rumo a Johanesburgo, África do Sul, onde assistirá à Copa do Mundo de Futebol "África do Sul 2010".

Zé do Pedal entrou no pais na ultima quarta-feira, procedente da Espanha, depois de cruzar o estreito de Gilbratar, na cidade de Tanger e ja percorreu 320km. Em Rabat foi recebido pela ex-governadora do Lions Aicha Detsouli, membros do Lions Clube Rabat, e, na manhã de hoje, terça-feira, foi recebido na Embaixada brasileira pelo Embaixador, Virgilio Moretzsohn de Andrade, o Vice-Cônsul, Luiz Geraldo Magalhaes Moraes e o Conselheiro Marcelo Marotta Viegas. À tarde encontrara com o prefeito de Rabat. Amanha, quarta-feira, viaja com destino a Mekines, Fez e Marraquech. Posteriormente desce o deserto do Sahara, pela costa atlântica, rumo à Mauritânia.

O objetivo da viagem é chamar a atenção da comunidade internacional sobre dois dos maiores problemas que afetam a visao das crianças em todo o mundo, mas principalmente nos países mais pobres, Catarata e Glaucoma, e difundir a grande campanha do Lions Clube Internacional: o programa SigthFirst (Visão Primeiro).

Desde seu lançamento em 1990, estas são algumas realizações do SightFirst:

• Distribuiu US$ 211 milhões para 896 projetos em 90 países,
• Proporcionou 7,3 milhões de cirurgias de cataratas
• Impediu a perda grave de visão de 20 milhões de pessoas
• Aprimorou os serviços de atendimento oftalmológico para centenas de milhões de pessoas
• Construiu ou ampliou 300 hospitais/clínicas/enfermarias oftalmológicas.
• Modernizou 337 centros oftalmológicos com equipamentos
• Promoveu treinamento de gerenciamento para 115 instalações
• Treinou 345.000 oftalmologistas, enfermeiras e outros profissionais da área oftalmológica, além de agentes de saúde locais
• Lançou a primeira iniciativa global de combate à cegueira infantil do mundo, em parceria com a Organização Mundial da Saúde
• Os 30 centros oftalmológicos pediátricos construídos ou modernizados afetaram as vidas de 71 milhões de crianças.

Controle de oncocercose (cegueira dos rios)/tracoma:

O SightFirst financiou mais de 65 milhões de tratamentos de oncocercose (cegueira dos rios) na África e na América Latina desde que formou uma parceria com o Carter Center em 1999. Os tratamentos de cegueira dos rios têm transformado as vidas e comunidades em 12 países da África e América Latina. Na realidade, na América Latina, os especialistas prevêem a erradicação da doença em 2010. O subsídio para o Carter Center também é voltado para o tracoma, a principal causa mundial da cegueira evitável. O SightFirst está controlando o tracoma entre dois milhões de pessoas em três países.

Projeto Ação SightFirst na China:

Concluída em 2002, a Fase I do Programa Ação SightFirst na China promovido pela LCIF financiou 2,1 milhões de cirurgias de catarata e estabeleceu unidades oftalmológicas cirúrgicas em 104 condados rurais onde anteriormente não havia nenhuma. A Fase II novamente abordará a cegueira em larga escala. Um subsídio do SightFirst de US$ 15,5 milhões foi complementado com cerca de US$ 200 milhões do governo chinês. A meta da Fase II é realizar pelo menos 2,5 milhões de cirurgias de catarata, bem como reforçar a infra-estrutura do atendimento oftalmológico, criando unidades secundárias em hospitais de 200 condados e províncias subdesenvolvidos e no Tibet. Para garantir a continuidade dos serviços de atendimento oftalmológico para a vasta e pobre população rural, cursos de treinamento de paramédicos serão criados nas províncias ocidentais e do norte.

Durante os 700 dias que está previsto durar a viagem Zé do Pedal passará pelos seguintes paises, percorrendo 17.500kms: França, Espanha, Portugal, Marrocos, Sahara Ocidental, Mauritânia, Senegal, Mali, Burkina Faso, Costa do Marfim, Ghana, Togo, Benin, Nigéria, Camaroes, Congo, Angola, Namíbia, Botswana e África do Sul.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

1981: Brasil – Espanha em Bicicleta

Em novembro de 1981, José Geraldo sonhou com uma estranha aventura, viajar do Brasil à Espanha, em bicicleta, para assistir a copa do mundo de futebol “Espanha ‘82”. Para muitos era apenas um louco que queria aparecer nos jornais e na televisão; para outros, um sonhador com muita vontade de fazer, se seus sonhos uma realidade.

Assim no dia 26 de novembro de 1981, o aventureiro saiu do Rio de Janeiro, com rumo Sevilha, onde a seleção Canarinho disputava a primeira fase da Copa. As estradas do Brasil, Uruguai, Chile percorrida a cada dia... A América do Sul foi ficando para trás. O grande sonho de ver a Copa estava se transformando em realidade. Sem dinheiro, Jose Geraldo teve muitos problemas nas fronteiras, porém, todos eles foram solucionados. De todos, o mais anedóticos com um suave sabor político: A policia local não deixava entrar na Inglaterra, porque ele havia estado na Argentina (que neste tempo estava em guerra com os ingleses, pelas ilhas Malvinas). Depois de muitas horas, pode, com a ajuda de jornalistas latinos em Londres, carimbar seu passaporte.

Superado o impasse, e já no Velho Continente, dirigiu sua bicicleta rumo à pátria de Cervantes. Seis meses e meio depois de ter saído do Brasil, e diante dos olhares incrédulos de centenas de jornalistas do mundo, Jose Geraldo chegava a exatos dois minutos antes da seleção Brasileira, as portas do Parador Carmona, concentração brasileira em Sevilha. Entre lagrimas e sorrisos de felicidade, o ciclista ia recebendo a cada um dos integrantes da seleção, que também se mostraram contentes por aquela recepção fora de qualquer programação. A classificação do Brasil para a fase seguinte foi extremamente fácil. Em quanto os outros torcedores brasileiros iam de avião para Barcelona, Jose Geraldo empacotava suas ilusões na bicicleta para seguir a seleção. Seis dias depois, Lãs Ramblas, uma das principais artérias de Barcelona, recebia em ritmo de Samba o ciclista que já era conhecido como Zé do Pedal.

Tudo estava muito bonito, ate que, numa tarde, o Brasil caia aos pés da Itália, dando adeus ao sonho do Tetracampeonato. Se os jogadores do Brasil voltavam para casa de cabeça baixa, Zé do Pedal fez tudo ao contrario, a bordo do Transatlântico que o levou de volta ao Rio de Janeiro, foi sonhando com uma viajem maior... Louca e excitante: a volta ao mundo em bicicleta. A chegada a cidade natal de Viçosa foi apoteótica, com centenas de pessoas saindo as ruas para receber o conterrâneo. Ninguém mais o chamava de louco.

1983-1986: Volta ao Mundo em Bicicleta

A "féria" entre a viagem à Espanha e a volta ao mundo duraram cinco meses, tempo em que o aventureiro aproveitou pra buscar apoio.

Encontrou esse apoio em ninguém menos que o então presidente da República, João Baptista Figueiredo, que se dizia seu grande admirador. No dia 15 de janeiro de 1983, Zé do Pedal partia de Viçosa para uma viagem de quatro anos, sua meta principal, a Copa do Mundo México'86.

A viagem pelo continente americano ocorreu ao contrario da primeira, com bastante tranqüilidade. O ciclista ainda se deu ao luxo de correr e ganhar, na categoria estrangeira, a maratona comemorativa aos 447º aniversário da cidade de Lima ,Peru. Ao cruzar para o velho continente, já não teve problemas com a imigração inglesa e, fora um pequeno acidente em Goteburgo, na Suécia, e algumas quedas sem importância, tudo saiu como o planificado. Quando José Geraldo estava na Itália morreu seu maior ídolo, Indira Gandhi, uma pessoa que ele tinha a intenção de conhecer, quando chegasse à Índia. "Para mim, Indira foi uma das maiores mulheres que passou pela face da terra, era uma pessoa muito mística, poderosa e humilde. Ela deixou um vazio muito grande e bem difícil de ser preenchido".

A etapa seguinte seria o Norte da África e a Ásia, Paquistão, Índia Nepal, Sri Lanka, Bangladesh e Birmânia. Na Tailândia, antigo reino de Sião, pode apreciar as coisas mais bonitas da viagem, como as maravilhosas praias de Pukett e Pataya, as paradisíacas ilhas de Kho-Samui e a celebre ponte do Rio Khuay-Ai.

A convite do ministério de Defesa da Tailândia, esteve uma semana no campo de refugiados de vietnamitas Kao-I-Dan, onde escutava tiros vindos de perto da fronteira entre Vietnam e Tailândia, os refugiados gritavam horrorizados, tinham medo, muito medo, de que o pesadelo que eles estavam vivendo não terminasse jamais. Cada dia que eu passava ali era como se tivesse vivendo um século de uma guerra absurda, que ao final só deixou destruição e morte. No meu último dia no campo, uma pequena refugiada vietnamita de seis anos, órfã, com câncer, uma vítima a mais das bombas químicas lançadas ao azar em qualquer parte sobre o Vietnam, chegou perto de mim e me perguntou com os olhos em prantos e a simplicidade que só a crianças tem, "Farani (estrangeiro), o que é a paz? Naquele momento não pude responder, e até hoje não tenho a resposta!" diz, perplexo.

Todas as maravilhas que tinha conhecido durante a viagem, desde a saída de casa, não foram suficientes para tirar de seus pensamentos o sofrimento e desespero daquela criatura e dos milhares de seres humanos (?) jogados naquele campo de concentração, como se fossem uma coisa descartável.

Mas a vida continua e José Geraldo tinha que continuar a viagem, Malásia, Singapura, Indonésia, Filipinas, Hong-Kong, Macau, China, Japão... No país do sol nascente, como ultima escala de sua volta ao Mundo (dali ele voaria aos EUA e depois seguiria para o México para assistir a Copa), o ciclista tinha preparado uma "pequena coisa grande": cruzar os 2,500 km da ilha principal, em um velocípede de criança. Quando chegou a Tóquio, assustou com o tamanho dos velocípedes que eles tinham. Teve que se contentar com um pequeno carrinho, doado pela loja de brinquedos Toy Park Ginza Rakuninkam.

Foram 107 dias, viajando de 25 a 30 km diários. Viajar a 5 km por hora, foi uma linda e apaixonante loucura. Quando passavam por mim, os moradores locais sorriam e me davam força para continuar. Eu tinha o carinho e o respeito daquele povo tão amável, assegura.

No México, de novo a seleção do Brasil ficava no meio do caminho. Uma vez mais Zé do Pedal voltava para casa sem ver a seleção com o tetracampeonato.

Uma viagem para esquecer:

Ao voltar ao Brasil, Zé do Pedal realizou, em 1987, uma viagem do Chui até Brasília, também em velocípede. "O objetivo da viagem era chamar a atenção de nossos políticos para as crianças do Nordeste (Constituinte, dê uma chance para o Nordeste). "Foi meu pior projeto. Apanhei de um policial no Rio Grande do Sul, em um posto de gasolina (que me confundiu com bandido, e, primeiro bateu pedindo depois meus documentos), levei tapas e cuspidas na cabeça por pessoas que passavam em carros, e, o pior dos resultados: até hoje o Nordeste continua esquecido, sendo apenas lembrado nas épocas de eleições.

2002: De Pedalinho no Velho Chico

"Dói ver a tristeza estampada nos olhos do barranqueiro, quando lembra com saudades do Velho Chico." (Zé do Pedal)

O lamentável resultado do projeto "1987 Nordeste" levou Zé do Pedal a "dar um tempo" em seus projetos. E somente 15 anos depois retomou com um projeto audacioso: uma viagem em um barco a pedal, desde a cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, até o Rio de Janeiro, Brasil.

Antes da grande viagem, uma visita ecológica e sentimental, de Três Maria a Piaçabuçu. Para fazer o lançamento e promover o projeto, Zé do Pedal resolveu percorrer o rio São Francisco em uma pequena embarcação. Partindo em 22 de março de 2002 (Dia Mundial das Águas), da cidade de Três Marias, para uma viagem até Piaçabuçu (Alagoas) no Oceano Atlântico.

A viagem de aproximadamente 3 mil quilômetros, foi realizada em um barco tipo pedalinho, doado pela empresa Playbalsa, percorrendo o rio até sua foz. "Escolho o Rio São Francisco porque ele é um rio místico, e conta muito do sonho brasileiro, é uma beleza que se renova a cada dia com sua beleza e mistério", diz Zé. "Foi emocionante viver aquele momento no Velho Chico, e tentar mostrar ao Brasil um rio diferente. Um rio que luta para manter viva as tradições e os sonhos daqueles que depositaram nele toda a sua esperança de um amanhã melhor". O rio São Francisco nasce a 1285 metros de altitude, na Serra da Canastra, município de São Roque de minas. Serpenteando percorre Minas, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe até a chegar ao mar. Durante seu percurso, atravessa o semi-árido nordestino tornando-se um fator fundamental para a economia da região, ao permitir intensa atividade agrícola em suas margens, além de oferecer condições para irrigação artificial em áreas mais distantes.

DEGRADAÇÃO

Lamentavelmente, nem tudo são flores no caminho do Velho Chico. "Um dos grandes problemas é o lixo e os esgotos que são jogados no rio sem qualquer tratamento, o que vem comprometendo a qualidade das águas". Dez por cento da população brasileira, dependem diretamente das águas do Velho Chico e de seus afluentes. É uma situação deplorável, pois a quase totalidade das cidades banhadas por suas águas não tem estação de tratamento de esgoto. Mais que um absurdo, é uma berrante agressão ao meio ambiente e um desrespeito aos seres humanos. Milhares de sacos plásticos, latas garrafas pet, pneus usados, televisores e tanquinhos de lavar roupas descem o rio, diariamente como informa Zé do Pedal, um dos maiores poluidores do São Francisco, é o Rio das Velhas, seu principal afluente. As constantes agressões, como o intenso desmatamento nas margens, desmoronamento de barrancos e poluição por coliformes fecais e metais (cádmio, mercúrio, zinco, chumbo, etc.) fazem com que o rio sofra os efeitos de constante processo de degradação. Outro grande problema é o assoreamento. "Às vezes encalhava em um banco de areia, a 200 metros das margens". 100 dias depois Zé do Pedal era recebido na cidade de Piaçabuçu, á apenas 13 km, da foz, pelo secretário local de Turismo, Orlando Emiel Steylaerts. Foi a última cidade, ao longo do seu curso, para dizer adeus ao País e se jogar no mar, num dos espetáculos mais belos de se apreciar.

Durante a viagem, relembra Zé do Pedal, recebeu muito apoio dos barranqueiros que habitam a margem do grande rio, o que foi fundamental para o sucesso da viagem. "Geralmente á noite parava para dormir em alguma ilha ou na casa de um barranqueiro, ocasião em que aproveitava para aprender mais sobre a vida na beira do Velho Chico". Ele revela que, nas conversas sobre o rio, os olhos dos barranqueiros enchiam de lágrimas. "E dói, dói ver a tristeza estampada nos olhos do barranqueiro, quando lembra com saudades do Velho Chico. Quando lembra dos áureos tempos, das grandes quantidades de peixes, da fartura das roças". Talvez o momento mais marcante da viagem tenha sido quando da chegada em Pirapora, onde encontrei "seu Coló", que disse: "Olha menino, eu vi quando o Guimarães (o vapor) subiu o rio pela última vez, mas tenho certeza, que não o verei descer mais. O rio esta seco".

O aventureiro Zé do Pedal, tem motivos de sobra para sorrir, quando fala da última etapa de sua viagem: "É uma região muito bela, com um dos cânions mais belos do mundo, localizado nas divisas da Bahia com Pernambuco e de Alagoas com Sergipe. Somando se a isso a riqueza histórica e cultural dos lugares por onde passei, como a Furna do Morcego, uma gruta encravada em uma das paredes do cânion. Fica nas proximidades da cidade baiana de Paulo Afonso e ali se escondiam o cangaceiro Lampião e seu bando. Outro ponto de destaque é a gruta de Angicos, onde, em 1938, Lampião e 10 companheiros foram mortos, tendo suas cabeças cortadas e expostas em diversas cidades". Nesse grande roteiro cultural está Penedo, em Alagoas, uma das primeiras cidades surgida ás margens do Velho Chico. O rio, descoberto em 4 de Outubro de 1501, pelo navegante Américo Vespúcio, traz em suas margens muitas historias, que precisa ser resgatada urgentemente pelo poder público, pois o Brasil corre o risco de perder importante parte deste acervo.

Lamentavelmente, grandes monumentos estão em completo abandono e alguns até correm o risco de desabar. São 500 anos de historia abandonada.

O BARQUINHO.

O pedalinho usado na viagem media 2,40m por 1,20m e pesava 117 kilos. Foi cedido pela empresa carioca Playbalsa (www.playbalsa.com.br). Para a viagem Zé do Pedal contou com o apoio das seguintes empresas e pessoas: Vurk Desing, Playbalsa, Transportes Eureka, Number One Instituto de Idiomas, José Américo Garcia, Caminho das Pedras, vereadora Carmem Mendes, Buynet e Sebastião Diniz. Zé do Pedal batizou o pedalinho de "Sir Blake". Uma homenagem póstuma ao navegador neozelandês, Sir Blake, que havia partido de Aukland, em Novembro de 2000, a bordo do veleiro "Seamaster". Ele tinha um objetivo de educar a população nos quatro cantos do mundo sobre a importância da proteção ao meio ambiente, ajudando assim a proteger as águas do planeta e outros ecossistemas. Sua viagem era parte de um projeto de exploração, organizando expedições a áreas estratégicas do Planeta, como a Antártida, o Ártico e grandes rios, como Nilo e o Amazonas.

Peter Blake dizia, "Se a água é boa, a vida é boa, se há pouca água há pouca vida, Sem água não há vida". Ele não pode continuar seu sonho de ver um mundo melhor para todos, morreu assassinado covardemente, a tiros quando seu barco (um dos veleiros mais sofisticado do mundo) estava ancorado na praia da Fazendinha, a 17 km de Macapá. Foi invadido por assaltantes que queriam roubar um bote inflável, relógios e um motor de popa. A tripulação reagiu ao assalto e Peter morreu aos 53 anos, com dois tiros nas costas. Peter havia acabado uma importante etapa de seu projeto, a Amazônia. Na manha seguinte ao fatídico cinco de dezembro de 2001, zarparia rumo a Venezuela.

2005: Da Liberdade ao Cristo


No dia 22 de março, a bordo do barco Liberdade (um catamaram a pedal, feito em fibra de vidro, doado pela empresa americana Profish (http://www.profish.com), Zé do Pedal partia da Estatua da Liberdade, na cidade de Nova York (USA) rumo à Marina da Glória, aos pés do Cristo Redentor na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. O projeto denominado "Da Liberdade ao Cristo”, tinha por objetivo procurar conscientizar a todas as pessoas da urgente necessidade de manter limpos nossos rios, lagos e oceanos, principalmente as nascentes.

“Caso nós continuemos a poluir e não cuidar nossas águas, o futuro da vida no planeta estará ameaçado. É prioridade da vida de todo cidadão fazer a sua parte, só assim estaremos evitando guerras, acredite, por um simples copo... de água. Por esta razão, queria chamar a atenção do mundo, fazendo um apelo ao aglomerado humano através desta viagem, de tal maneira que as diferentes organizações sociais (governamentais, não governamentais, políticas, intelectuais e econômicas) - a nível mundial, se juntassem a esta causa, mediante a qual se pretendia alcançar importantes resultados dignos de interesse internacional. Pois só assim, mediante um trabalho interdisciplinar, pode-se gerar condições de sensibilizar a um maior numero de pessoas sobre um dos problemas fundamentais da água no planeta, a poluição, através de da difusão de fotos e dados dos resultados desta viagem”.

Durante a viagem, seriam percorridos 23 mil quilômetros, aproximadamente, passando pelos seguintes paises e estados: EUA, México, Belize, Honduras, Nicarágua, Costa-Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname, Guiana Francesa. No Brasil: Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro.

Lamentavelmente, no dia 21 de setembro de 2005, 18 meses após haver saído de Nova Iorque, e sofrer os embates do furacão Rita (o 5º de toda a viagem) o barco ficou totalmente destruído e a viagem teve seu término.

2007: Ambientalista realizou travessia inédita na história


Zé do Pedal, assessor para o meio ambiente do Distrito LC12 e do Lions Clube de Viçosa, MG, realizou, no domingo, 21 de outubro de 2007, uma travessia inédita na história da navegação: Cruzar a Baía da Guanabara em um barco, a pedal, feito com garrafas PET.

O ambientalista voltava assim às águas exatamente 2 anos depois de haver interrompido seu projeto: "Da Liberdade ao Cristo" (uma viagem que começou em março de 2004 aos pés da estátua da Liberdade, na cidade de Nova Iorque, e terminou na cidade mexicana de Dzilan de Bravo, no México depois que o barco, movido a pedal, do ciclista sofreu os embates do furacão Rita).

"A primeira tentativa de cruzar a Baía da Guanabara foi dia 30 de setembro o barco de Zé do Pedal sofreu rompimento em suas roldanas. O evento teve fim após percorrer aproximadamente 3 Km de sua trajetória. Quando o aventureiro estava contornando o aeroporto de Santos Dumont o eixo que movia o barco se rompeu. Com a ajuda do GEMAR – RIO que desenvolveu o apóio logístico ao evento, o barco foi rebocado até o Marina da Glória.

O incidente ocorreu no momento em que o ambientalista retornava as águas depois de 2 anos de sua última aventura "Da liberdade ao cristo", que também teve fim por problemas técnicos.

O barco, construído pelo serralheiro Ademar Soares na cidade de Viçosa, MG, onde o ambientalista mora, foi feito com 240 garrafas de 2 litros (se colocadas em linha reta, seriam quase 1 quilômetro de garrafas) que foram doados por uma empresa dedicada a reciclagem de papeis, metais e plásticos. O resto do material foi conseguido com pequenas doações. O custo do barco foi de mil reais, e o ambientalista contou com o apoio dos empresários viçosenses: Posto do Beto (http://www.postodobeto.com.br), Casa dos Parafusos, Ademar Serralheiro, Célio Grossi e Localiza Rent a Car, além do apoio na assessoria de comunicação de Ana Pereira e Fabrício Menicucci, que realizaram um documentário cinematográfico sobre a inédita travessia.

Apesar do mar agitado na entrada da Marina da Glória e ventos de até 15 quilômetros por hora, Zé do Pedal realizou a travessia, que teve o objetivo de chamar a atenção sobre os efeitos do aquecimento global, principalmente nos paises do Terceiro Mundo, em exatas 2 horas e 57 minutos de navegação.

"A previsão eram ventos de três quilômetros por hora no momento da saída, mas subitamente, às 8:30 da manhã, quando estava tudo preparado para zarpar, fui surpreendido por uma primeira rajada de vento Norte, com uma velocidade de 12 quilômetros por hora. Esperei um pouco e quando era quase 9 da manhã resolvi sair assim mesmo pois a previsão era de que o vento mudaria rapidamente de direção e começaria a vir das montanhas. Apenas sai da rampa de barcos da Marina da Glória senti o peso da maré entrando, e tive que fazer a navegação praticamente encostado nas pedras para evitar a correnteza. Ao chegar à primeira bóia, já fora do abrigo da marinha, o mar estava bastante agitado com ondas de quase 1 metro de altura, o que dificultava bastante a manobrabilidade do barco, devido, principalmente, à falta de aerodinâmica do mesmo. Um suave nevoeiro cobria os principais pontos turísticos do Rio: o Pão de Açúcar e o Cristo redentor. Quando passei pelo ponto onde o barco havia quebrado o eixo no dia 30 de setembro, quando fiz a primeira tentativa, dei uma olhada apreensiva para a peça que havia quebrado, e notei que nada de anormal acontecera até então.

Esta situação me deu um pouco mais de confiança no barco e passei a exigir um pouco mais, acelerando as pedaladas, para sair rápido da parte agitada do mar, e tentar ganhar o canal de navegação. Com um remo emprestado do piloto da lancha de apoio, deixei de usar o leme, e pude dar um melhor direcionamento ao barco. Ao chegar perto da Plataforma P 54, da Petrobrás, o mar ficou mais tranqüilo, e a travessia começou a render, atingindo uma boa velocidade. Quando terminei de passar pela plataforma, direcionei o barco rumo ao forte de Gragoatá, porém, como os motores do rebocador estavam ligados, a força da água me jogou uns 600 metros para dentro da baía. Com vento e maré em contra, tive uma certa dificuldade para manter o barco na direção exata do forte, sendo praticamente obrigado a colocar a proa do barco rumo à terra, a uns 400 metros da prainha, e depois, com a proteção dos morros, levar o barco até a meta proposta.

Estava tudo quase dando certo quando uma enorme lancha saiu detrás do morro da praia de Icaraí vindo em minha direção. Os tripulantes da lancha do Gmar (Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro), posicionaram-se entre meu barco e a gigantesca barca e acionaram o comandante da mesma para que reduzisse a velocidade. De onde eu me encontrava a barca passou a uns 20 metros... e as ondas começaram de novo.

Passado o susto segui a risca o plano proposto em última hora, e em menos de 30 minutos, eu encostava o Pet Bateau na prainha de Gragoatá, onde fui recepcionado com alegria pelas crianças que estavam ali naquela hora. Era meio dia. "2 horas e 57 minutos depois, o grande desafio de cruzar a Baía da Guanabara, -pedalando umas garrafas pet-, era um outro sonho transformado em realidade".

Zé do Pedal escolheu a Baía da Guanabara para fazer a travessia por um motivo muito simples: é a Baía mais poluída da Costa brasileira. "Foi uma pena estar navegando na bela Baia da Guanabara olhando as silhuetas das montanhas desenhando uma paisagem mágica da Cidade Maravilhosa, e ao olhar as águas do mar, ver uma quantidade de lixo, e peixes mortos, boiando. As pessoas estão agredindo o meio ambiente de maneira irresponsável, sem medir as conseqüências para a coletividade. Ele lembra que não levam em conta que essa agressão é contra elas mesmas, pois todo esse lixo vai parar nas praias que elas usam para seu lazer. Gostaria que nossas autoridades, principalmente o ministro e secretários estaduais de educação criassem programas nas escolas onde as crianças aprendessem a ter respeito com a natureza, só assim teremos, em um futuro próximo, adultos com consciência ambiental, que tenham, em seus atos, respeito à natureza".

2008: De Paris a Johanesburgo em um Kart a Pedal



Extreme world

França
Espanha
Portugal
Marrocos
Western Sahara
Mauritânia
Senegal
Mali
Burkina Faso
Cote D'Ivore
Ghana
Togo
Benin
Nigéria
Cameroon
Congo
Angola
Namíbia
Botswana
South África


20 paises
2 continentes
17.293 quilômetros

Uma Copa do Mundo
Um grande sonho
Uma grande aventura
Um grande desafio

A primeira viagem transcontinental em velocípede PARIS - JOHANESBURG


Extreme worlds

"Extreme World" consiste em uma viagem em um kart a pedal por 20 países da Europa e Africa, cobrindo a distância aproximada de 17.293 quilômetros. A viagem terá uma duração aproximada de dois anos e terá seu término na cidade de Johanesburg, durante a realização da Copa do Mundo de Futebol Africa 2010.

Durante a viagem (que tem como principal objetivo dar a conhecer à comunidade internacional a campanha mundial do Lions Clube Internacional, "sigth first" (visão primeiro), de combate à catarata e glaucoma), nos pontos de parada, serao visitadas escolas (desde jardim de infância até o segundo grau), onde serão ministradas palestras com o objetivo de conscientizar às crianças e jovens sobre a necesidade da preservaçao da àgua no Planeta, e será ensinado (nas mesmas escolas e comunidades carentes) como construir paineis solar para aquecimento de água usando material descartavel como latas de leite (tetra pack) e garrafas de refrigerantes.

A RAZÃO DO PROJETO:
REFLEXÃO:

Em 1925, Helen Keller desafiou os Leões a se tornarem "paladinos dos cegos na cruzada contra a escuridão" durante a Convenção Internacional da associação. Hoje, os Leões são reconhecidos em todo o mundo pelos serviços prestados aos cegos e deficientes visuais. Os Leões demonstram seu compromisso com a conservação da visão por meio da reciclagem de óculos, de parcerias com organizações oftalmológicas e de inúmeros outros serviços relacionados à visão.

O ambicioso Programa SightFirst do Lions restaurou a visão por meio de cirurgias de catarata, evitou a perda severa da visão e aprimorou os serviços de atendimento oftalmológico para centenas de milhões de adultos e crianças. Para continuar e expandir essa iniciativa, o Lions lançou a Campanha SightFirst II, com o objetivo de angariar pelo menos US$ 200 milhões.

PARADAS TÉCNICAS:

Durante a viagem serão realizadas paradas técnicas em todos os países, principalmente nas capitais) estas paradas são necessárias para fazer a parte legal da viagem (papeis para o ingresso no próximo país), agendamento (junto aos Lions Clubes nos diferentes paises) de visitas a escolas .

DIVULGAÇÃO NA MÍDIA:

A viagem é divulgada usando os seguintes meios:
» Televisão
» Radio
» Jornais
» Revistas
» Agencias de Noticias
» Internet


(se voce deseja receber fotos e textos da viagem, favor enviar um email para: zedopedal@gmail.com)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

27/08/08: Zé do Pedal termina primeira parte da viagem a Africa

Rosa Carvalho, Zé do Pedal e José Lima

Contato na Espanha até Segunda-Feira 01/09: +34627795786

Depois de haver percorrido em seu kart a pedal mais de 3200 quilômetros desde que saiu de Paris dia 10 de maio, passando por França, Espanha, Portugal, novamente Espanha e um pequeño passeio por Gilbratar, o brasileiro José Geraldo de Souza Castro, conhcido como Zé do Pedal, 51, chegou a Tarifa (Espanha), terminando assim a parte europeia da sua inusitada aventura rumo à África do Sul, onde assistirá à Copa do Mundo de Futebol "África do Sul 2010".

Na próxima segunda-feira cruzará, em barco, o Estreito de Gilbratar rumo à cidade Marroquina de Tanger.

O momento mais emocionante da viagem foi quando Zé do Pedal encontrou a José lima e Rosa Carvalho na cidade portuguesa de Quarteira. Lima e Rosa terminavam de cruzar Portugal em cadeiras de rodas (870 km.), buscando sensibilisar a comunidade portuguesa quanto aos mais elementais direitos dos descapacitados físicos.

Zé do Pedal informou que na primeira etapa da viagem recebeu muitos apoios, entre eles o dos Motoclubes de Faro (Portugal) e de Jerez de la Frontera (Espanha) e de vários Lions Clubes de Portugal: "Em todas as cidades de Portugal onde há um Lions Clube fui recebido com muio carinho por seus integrantes. Importante também foi o apoio recebido das delegaçoes da Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Viçosa, Beja e Vila Real de Santo Antonio".

O kart a pedal especialmente preparado para a viagem, fabricado na Holanda pela empresa BERG Toys, foi baseado no modelo BERG X-plorer X-treme e está equipado com pneus de alta durabilidade, aros em polietileno, transmisao de corrente blindado, barra de torção, quadro em aço, 7 câmbios, faróis, banco anatómico, lanternas de LED, espelhos retrovisores e odometro.

De acordo com o ambientalista, o objetivo da viagem é chamar a atenção da comunidade internacional sobre dois dos maiores problemas que afetam a visao das crianças, em todo o mundo, principalmente nos países mais pobres: catarata e glaucoma, e difundir a grande campanha do Lions Clube Internacional: o programa SightFirst (Visao Primeiro).

Durante os 700 dias que está previsto durar a viagem, Zé do Pedal passará pelos seguintes países, percorrendo 17.500kms: França, Espanha, Portugal, Marrocos, Sahara Ocidental, Mauritânia, Senegal, Mali, Burkina Faso, Costa do Marfim, Ghana, Togo, Benin, Nigéria, Camaroes, Congo, Angola, Namíbia, Botswana e África do Sul.

Zé do Pedal tece um agradecimento especial aos CCLL Julia Lima e Brito Rocha.

Mais informaçoes sobre SightFirst: http://www.lionsclubs.org

----------------------------
"Nos últimos 70 anos, a população do Planeta triplicou. A demanda da
água aumentou 6 vezes. Mantidos os padrões atuais, em 2025, 4 bilhões
de seres humanos não terão acesso à água"

"Água: uma gota, uma vida... preserve-as.
Por mim... por você... pelo Planeta..."

Zé do Pedal

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

18/08/08: Zé do Pedal chega a Sevilha - Espanha


Se deseja receber noticias da viagem escreva um email: zedopedal@gmail.com

(Blog en español: http://pepepedales.blogspot.com)

Contato Zé do Pedal na Espanha: 00(34) 627795786

Depois de 26 anos de haver visitado Sevilha, em sua primeira viagem em bicicleta, quando viajou do Brasil à Espanha para assistir a Copa do Mundo de Futebol, o ciclista brasileiro José Geraldo de Souza Castro, 51, conhecido como Zé do Pedal, chegou hoje à esta cidade em mais uma etapa de sua viagem de 17.000 quilômetros, que começou no dia 10 de maio em Paris, passando por 20 países em um kart a pedal, doado pela empresa holandesa BERG Toys, com termino previsto para junho de 2010 em Johanesburgo, Africa do Sul.

Durante um passeio nostalgico pela cidade, Zé do Pedal visitou o estadio de Mairena, onde o Brasil realizava seus treinamentos, La Giralda, a Plaza Espanha e as margens românticas do Rio Guadalquivir. "Foi emocionante visitar aqueles maravillosos lugares que permanecem na retina até hoje. Quando os brasileiros nos despedimos de Sevilha em 1982, deixamos para traz uma legião de amigos, e o carinho com que fomos tratados ainda esta latente no Coração", diz.

Nem mesmo o roubo que o ciclista sofreu na noite do dia 17 minimizou a alegria de cegar a Sevilha. "Lamentei muito o roubo (alem de dinheiro, a caixa de ferramentas, mini câmara de fotos, tripé e peças de reposição do kart e outros objetos pessoais), porém a viagem esta apenas começando. Levo percorrido 3050 quilômetros nos 3 países ja visitado, e nao sera um simples roubo que vai rebaixar meus animos. Apenas lamento o pouco caso da Guarda Civil da cidade de Gilbraleón, que fez pouco caso omitindo-se de registrar a ocurrencia.

De Sevilha Zé do Pedal segue para Algeciras, onde, dia 3 de setembro pega um barco em direção ao Marrocos, começando assim a etapa mais difícil da viagem: o Deserto do Saara. Durante a viagem Zé do Pedal visitará os seguintes países: França, Espanha, Portugal, Marrocos, Western Sahara, Mauritania, Senegal, Mali, Burkina Faso, Côte d'Ivoire, Ghana, Togo, Benin, Nigéria, Cameroon, Congo, Angola, Namíbia, Botswana e África do Sul.

O objetivo do projeto é chamar a atenção das pessoas para dois dos mais graves problemas que afetam a visão, principalmente das crianças, nos países menos desenvolvidos: Catarata e Glaucoma e divulgar junto à comunidade internacional o Programa SightFirst que foi lançado pelo Lions em 1989 para combater a cegueira evitável e melhorar a visão.

Um número crescente de Lions Clubes aproveita a ocasião para coletar óculos, realizar exames oftalmológicos e de diabetes e planejar programas educacionais para orientar a comunidade sobre a importância da visão e o impacto que doenças como a diabetes têm sobre ela.

O SightFirst tornou-se não somente surpreendentemente eficaz, mas também impressionantemente eficiente. Em média, cada US$ 6 em doações resulta em uma pessoa com a visão restaurada ou salva da cegueira. "Acho fantastico que com o mesmo valor de um maço de cigarros e duas latas de cerveja, o Lions Clube realiza uma operação de cataratas. Se as pessoas soubessem disso, tenho certeza que cada dia mais haveria mais doações. É por isso que faço esta jornada, porque acredito no coração das pessoas e cada dia mais, mais pessoas, em todo o mundo, apoiaram o trabalho que é feito a favor dos mais necessitados. Meu grãozinho de areia está sendo colocado para a construção de um mundo mais justo e mais humano. Espero que cada um faça a sua parte, pois no momento que estao vendo esta noticia, em alguns lugares do planeta, várias crianças estão ficando cegas... e elas não podem esperar", frisou Zé.

O programa SightFirst está ajudando especialmente às crianças. Em parceria com a Organização Mundial da Saúde, o SightFirst lançou a primeira iniciativa global de combate à cegueira infantil do mundo. O projeto está criando 30 centros de atendimento oftalmológico pediátrico em todo o mundo. Lamentavelmente, 80% das pessoas cegas, em nível mundial, eram desnecessariamente privadas da visão. Por meio do SightFirst, o Lions tem atuado na prevenção da cegueira oferecendo suporte para cirurgias de catarata, ajudando a construir ou expandir clínicas e hospitais oftalmológicos, distribuindo medicamentos protetores da visão e treinando profissionais da área oftalmológica.

O ambicioso Programa SightFirst do Lions restaurou a visão por meio de cirurgias de catarata, evitou a perda severa da visão e aprimorou os serviços de atendimento oftalmológico para centenas de milhões de adultos e crianças. Para continuar e expandir essa iniciativa, o Lions lançou a Campanha SightFirst II. A cada ano, centenas de Lions Clubes no mundo realizam exames de visão, programas de educação comunitária, coletas de óculos e outros projetos especiais para marcar o Dia Mundial da Visão do Lions, que ocorre em 11 de outubro.

A Campanha SightFirst II permitirá ao Lions ampliar o extraordinário trabalho do SightFirst para continuar a prevenir a cegueira e restaurar a visão. Assim, atuando local e pensando global, um dos grandes objetivos do clube de serviço é erradicar a oncorcescose (doença dos rios) da América do Sul até o ano de 2010, e da África até 2020. Outra meta é erradicar o tracoma até 2020.

Zé do Pedal agradece o apoio de BERG Toys, Foto Universitario, Buynet, Rosfrios Alimentos.

Saiba mais:

SightFirstII: http://www.lionsclubs.org/
BERG Toys: http://www.bergtoys.com/